segunda-feira, 6 de junho de 2011

Profissional superqualificado é ignorado

http://info.abril.com.br/noticias/carreira/superqualificados-e-ignorados-09052011-7.shl



Getty Images

SÃO PAULO – O Brasil sofreu, por muito tempo, de um fenômeno que lá fora ficou conhecido como brain drain, ou fuga de cérebros. Trata-se da evasão de profissionais altamente qualificados por falta de oportunidades de trabalho.

Até 2007, o país era responsável por 5% do total de emigrantes com nível superior vivendo fora de sua pátria, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O cenário hoje é absolutamente diferente. Isso porque as oportunidades de emprego no país são muito maiores do que as dos países do Hemisfério Norte, principal destino da nossa mão de obra bem capacitada.

Como efeito, profissionais liberais e aqueles com formação acadêmica especializada têm optado por fazer carreira por aqui. Porém, essas duas categorias de trabalhador têm empregabilidade diferenciada.

Os jovens que optam por seguir estudando após a graduação, e vão atrás de títulos de mestrado e doutorado, têm menor chance de fazer carreira em uma empresa em relação aos colegas que enviam seu currículo ao departamento de RH logo após a primeira graduação.

Ironicamente, presidentes de empresas, executivos de RH e headhunters reclamam da falta de mão de obra qualificada em todos os níveis hierárquicos, quando há 50 000 jovens com diploma de mestre e doutor, titulados apenas no ano passado.

Esse grupo representa uma reserva de gente qualificada. Porém, poucas empresas os enxergam como talentos em potencial.

Parte da explicação se deve ao fato de que eles têm boa base acadêmica, mas pouca experiência prática. Em países como Estados Unidos e Inglaterra, isso não é um problema.

É comum encontrar mestres e doutores atuando em consultoria, bancos de investimento, empresas de tecnologia e bens de consumo.


últimas notícias de Carreira