quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Veja como é a carreira de engenheiro de petróleo

http://eptv.globo.com/educacao/educacao_interna.aspx?152200

A profissão de engenheiro de petróleo vive um momento de expansão e há uma grande demanda de mão-de-obra qualificada no mercado de trabalho. E os vestibulandos bem informados estão de olho nas oportunidades que a indústria do petróleo oferece. Tanto que a graduação de engenharia de petróleo é a mais concorrida do processo seletivo 2007 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - à frente inclusive do disputado curso de medicina.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o setor cresceu 318% entre 1998 e 2004. Para corresponder à demanda da indústria por tecnologia e profissionais qualificados, as universidades brasileiras passaram a oferecer cursos de graduação e pós-graduação neste ramo da engenharia. "Levantamentos estimam que faltam cerca de 2 mil engenheiros por ano no mundo", diz Virgílio José Martins Ferreira Filho, professor e fundador do curso de engenharia de petróleo da UFRJ.

Profissão tem grande demanda no mercado de trabalho

Recém-criado nas universidades brasileiras, o curso de engenharia de petróleo já atrai uma grande quantidade de vestibulandos. A graduação é a mais concorrida do processo seletivo 2007 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desbancando medicina - tradicionalmente a mais procurada. Engenharia de petróleo tem 28,4 candidatos por vaga, enquanto medicina possui 28,06.

Um engenheiro de petróleo atua na área de exploração e produção, construção de poços, desenvolvimento de campos de prospecção, dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas, transporte, refinamento,industrialização e atividades afins como processamento de gás natural.

Para especialistas, a grande procura pela graduação reflete o crescimento da demanda por profissionais no mercado de trabalho. “A área está em ampliação no país e não há um número suficiente de pessoal capacitado. Se fizerem um concurso hoje para contratar 200 pessoas, não vai haver concorrentes”, afirmou o professor universitário Virgílio José Martins Ferreira Filho, um dos fundadores do curso da UFRJ.

A falta de mão-de-obra qualificada faz com que empresas que precisem contratar engenheiros de petróleo tragam pessoas do exterior. A Petrobras criou há 50 anos uma universidade institucional para capacitar seus funcionários. A empresa contrata pessoas formadas em várias engenharias e dá treinamentos que duram 11 meses.

Segundo o gerente de gestão do efetivo da empresa, Lairton Corrêa de Souza, apesar de não ser pedida formação específica, o candidato graduado em engenharia de petróleo terá mais chance de se sair bem nos concursos.

A indústria de petróleo representa hoje 9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional é uma das áreas que mais tem avançado no país. O setor cresceu 318% entre 1998 e 2004, contra apenas 14,2% da economia brasileira, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo. Só a Petrobras - a maior do país no setor - lucrou R$ 23,7 bilhões em 2005 e pretende investir US$ 87,1 bilhões no setor entre 2007 e 2011. A meta da empresa é dobrar de tamanho até 2015.

Segundo especialistas, o salário inicial de um engenheiro de petróleo fica entre R$ 3,3 mil e R$ 3,5 mil. Quem trabalha em campo, como nas plataformas, recebe um acréscimo de 30% de adicional de periculosidade.

A graduação também abre possibilidades para quem quiser atuar fora do país, pois o mercado mundial precisa de profissionais da área, segundo afirmam especialistas. “Levantamentos estimam que faltam cerca de 2 mil engenheiros de petróleo por ano, no mundo”, diz o professor Ferreira Filho.

Não há dados sobre a demanda no Brasil, mas a Petrobras, por exemplo, selecionou 760 pessoas para atuar como engenheiros de petróleo entre 2000 e 2006. Neste ano, outros 337 que foram aprovados em concurso público devem ser admitidos. A projeção da empresa para o período de 2005 a 2008 é contratar 11.286 pessoas. Só neste ano, foram 7 mil contratados.