segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Brasil é terceiro melhor mercado para indústria de TI dos EUA


De acordo com o levantamento da KPMG, 47% dos CEOs do setor de tecnologia da informação esperam um aumento no número de postos de trabalho no País.

Por RODRIGO AFONSO, DA COMPUTERWORLD BRASIL



De acordo com levantamento realizado pela consultoria KPMG, entre os meses de abril e maio deste ano, o Brasil representa hoje o terceiro principal foco dos fornecedores de software e de hardwares dos Estados Unidos para 2011. Segundo o estudo, que ouviu 130 CEOs e presidentes da indústria de TI, 42% dos executivos colocaram o País na lista das três principais geografias nas quais pretendem crescer no próximo ano, só atrás da China, com 86% das respostas, e da Índia, com 57%.
Para elaborar o estudo, a KPMG pediu que os entrevistados citassem os três mercados nos quais serão contabilizados os maiores incrementos de receita. Se consideradas apenas as respostas que colocaram o Brasil como a principal geografia na qual a empresa pretende crescer, o País aparece em segunda posição no ranking, citado por 14% dos executivos, perdendo apenas para a China, que concentrou 60% das intenções.
De acordo com Frank Meylan, sócio da área de tecnologia e performance da KPMG no Brasil, o resultado sinaliza importantes investimentos no mercado nacional. “O estudo mostra que o País pode ter um grande aumento em seu parque tecnológico e da infraestrutura de produção”, analisa Meylan.
Prova disso está no fato de que o levantamento apontou que 47% dos entrevistados indicaram que há uma expectativa de aumento no número das vagas de empregos no Brasil. O que, segundo o sócio da KPMG, representa um indicador positivo, porém merece uma atenção especial. "É importante formar recursos humanos especializados para suportar esse crescimento", elenca o especialista, ao lembrar que hoje existe uma falta de mão de obra qualificada no setor. “Nos próximos dois anos, a disputa por profissionais de qualidade ficará mais acirrada e exigirá políticas de contratação e retenção mais fortes por parte das companhias”, avalia o sócio da KPMG.
Motores do crescimento
O estudo também pediu para que os executivos citassem as três principais tecnologias que alavancarão o crescimento das empresas no mercado em 2011. Em primeiro lugar, com 54% das respostas, apareceu cloud computing, seguida por aplicações móveis (51%), virtualização (43%) e soluções de análises avançadas (42%).
Meylan acredita que, sob esse ponto de vista, o Brasil também merece destaque por conta de muitas empresas estarem na fase de amadurecimento dos ambientes de TI. Por conta disso, ele acredita que as médias empresas terão um papel importante na geração de receitas para a indústria e serão grandes consumidoras de computação em nuvem.
O sócio da KPMG aposta também no potencial brasileiro de soluções móveis, levando em conta que o segmento financeiro brasileiro é pioneiro mundial na utilização de novas tecnologias. “A experiência pode se expandir para outras verticais, refletindo em um crescimento muito grande na área de dispositivos e aplicações móveis”, analisa.