quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O poder do QI na hora da contratação em empresas de TI

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Antes de começar a falar qualquer coisa, o QI ao qual o título se refere não significa QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA (medida obtida por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades intelectuais de um sujeito), mas sim QUEM INDIQUE. Estamos falando aqui do poder que uma indicação tem na hora da contratação de funcionários de TI.
Tanto se fala que há vagas sobrando no mercado de TI, que estão faltando profissionais, que há um déficit muito grande, etc. Muitas são as desculpas para isso: despreparo, perfis incompatíveis, falta de experiência, falta de qualificação, enfim, este assunto foi, é, e ainda será tema de diversas reportagens:
Mas será que também não falta uma indicação? Sou Analista de Sistemas, empregado, e conheço muita gente boa que está fora do mercado. Talvez as empresas não encontrem essas pessoas. É aí que entra a história da indicação. Algumas vagas da rede social para profissionais LinkedIn (http:://www.linkedin.com), inclusive, oferecem uma bonificação para indicações bem-sucedidas (funcionário é contratado). Mas qual o real poder de uma indicação? Seria ela capaz de eliminar partes de um processo de seleção? Teria ela o peso de uma certificação na avaliação? Vamos nos concentrar nas indicações com grande potencial de sucesso, ou seja, bons profissionais indicando outros profissionais. Dessa maneira mostrarei o ponto de vista de contatos que tenho com excelentes gestores que participaram e/ ou participam de processos de seleção de funcionários de TI em grandes empresas de âmbito nacional.
Como um dos diretores da Light Infocon (http://lightinfocon.com.br), Reginaldo Lima relatou que o QI ajuda como preleção de profissionais, mas não elimina outras etapas de uma seleção. Também disse que as melhores experiências do QI foram com os estagiários, pois eles são formados para o negócio da empresa e que, no caso de profissionais já formados, o QI vem decepcionando. Por fim falou que na seleção de um profissional vale a pena considerar o projeto de vida dele.
Para Rodrigo Barbosa, analista de infraestrutura de uma grande empresa da área de saúde no Brasil, afirmou que na empresa onde trabalha o QI só elimina uma etapa: a de seleção de currículos. Ademais qualquer candidato tem que passar pela avaliação da entrevista. Para ele o QI tem vantagens e desvantagens. A vantagem seria a garantia de retorno mais rápido, uma vez que elimina a incerteza da competência do candidato e a desvantagem é que impede que profissionais com maior competência que a daqueles do Networking do indicador participem do processo. Ele acredita que um meio-termo pode ser alcançado com o QI.
Paulo Montenegro possui experiência como gestor de TI em diversas áreas: educação, e-government, BI, etc. Participou, participa ou participará de recrutamento em empresas como a Unimix (http://www.unimix.com.br), a Simplestec (http://www.simplestec.com.br) e a Faculdade iDez (http://www.faculdadeidez.com.br). Na sua opinião o QI pode ser considerado como um dos principais pontos para efetuar uma contratação, claro levando-se em consideração o lado profissional da pessoa, não o político. Sua experiência, ao logo dos anos, lhe mostrou que uma certificação, ou um título, não diz tudo de um profissional, principalmente hoje em dia que tirar certificação virou moda e o que não falta no mercado são profissionais certificados que não tem nenhuma experiência prática, relata. Acrescentou que uma coisa que deve ser bastante avaliada numa contratação é o comportamento da pessoa que se está contratando, pois, por mais que o candidato seja o melhor em uma determinada tecnologia, ele pode ser uma pessoa que pode gerar conflitos dentro da equipe, ou até mesmo não agir de forma ética, sendo que esse tipo de situação poderia ser evitado pelas referências e não pelo currículo.
Por fim Júlio César Aragão, que trabalha em uma empresa norte-americana que também recruta profissionais brasileiros, falou que toda sua carreira profissional se deu através de indicações. Não pela amizade, mas sim por suas competências técnicas. O que faz um administrador ou profissional a escolher alguém baseado em indicação, ao seu ver, se relaciona com o quanto aquele administrador conhece o candidato. Por mais que um candidato tenha um ótimo currículo, não é possível saber exatamente qual será seu desempenho num ambiente profissional, especialmente de trabalho em equipe, falou. Concluiu dizendo que quando alguém de dentro da equipe indica um profissional para uma vaga disponível, é muito mais provável que o indicado seja realmente o que se espera porque quem indica está comprometendo sua reputação dentro da companhia ao fazê-lo, ou seja, ele também será responsável por aquela decisão, mesmo que informalmente.
Com base em todos e esses relatos e na minha experiência profissional considero que o QI, mesmo que acompanhado de outros artifícios, tem peso nas contratações e pode influenciar tanto positivamente quanto negativamente o processo de seleção de um funcionário. Quanto mais pessoas conhecerem seu trabalho, melhores serão suas chances de ser indicado. O segredo está nos seus contatos. O que vocês acham?